Apresentação

A memória é um direito. Entre os direitos culturais garantidos no Brasil pela Constituição Federal de 1988 o direito à memória é aquele que assegura a todas as pessoas o acesso aos bens materiais e imateriais que representam o seu passado, a sua tradição e a sua história.

O Baile Pastoril Queimada da Palhinha da antiga Fazenda Coqueiro, atual comunidade de Palmares, município de Simões Filho, Bahia, é uma expressão cultural centenária portadora de referência à identidade de um importante grupo formador da sociedade brasileira: as comunidades negras recém-libertas que viveram e trabalharam como agregados nas fazendas do entorno de Salvador nas décadas após a Abolição da Escravatura no país, e os seus descendentes. Grupos de tradição oral, narram através das suas festas, cantigas, versos, danças, dramatizações as suas visões de mundo e formas de viver, sua relação com o divino, com a natureza e com as pessoas, suas dores e esperanças.

O Memorial Baile Pastoril Queimada da Palhinha representa um instrumento de salvaguarda que busca contribuir para a construção de uma memória plural, afirmando esta festa popular como patrimônio cultural imaterial da Bahia e do Brasil, e as comunidades e pessoas que a reproduzem como sujeitos da história.

O conjunto documental que compõe o Memorial Baile Pastoril Queimada da Palhinha foi produzido entre 2003 e 2022 a partir da memória e da atuação das suas Pastoras, Tocadores e Pastorinhas, e através de projetos de salvaguarda, alguns realizados sem qualquer apoio, outros apoiados por políticas públicas que valorizaram as culturas populares brasileiras. Os projetos da Coleção 6 foram realizados durante a emergência sanitária global provocada pelo coronavírus.

Trata-se de um grande acervo digital de propriedade intelectual do Baile Pastoril Queimada da Palhinha sob a guarda da produtora Wayra Projetos Culturais. Estão acessíveis 409 documentos organizados em 6 Coleções:

Cada Coleção está disposta em até 4 categorias: Áudios, Vídeos, Fotos e Textos. São registros relevantes de uma festa sagrada, de uma dança dramática, de um folguedo popular, de uma tradição brasileira em processo de reinvenção.

Este Memorial traz ainda a aba Exposição que atualmente veicula a Exposição Fotográfica A bênção Dona Pina!, uma declaração de amor à Mestra Pastora Crispina Lopes, falecida em 2020. Na aba Projetos Recentes é possível acessar os resultados das últimas ações de salvaguarda. E o Portfólio do grupo ganhará uma aba específica.

São registros da memória histórica e cultural da região, já que este Baile Pastoril é um celeiro de referências à história e à cultura do entorno de Salvador. A comunidade de Palmares, especialmente, possui agora um instrumento de afirmação de sua identidade e de seus direitos culturais e de cidadania.

Este acervo, antes invisível, com o Memorial Baile Pastoril Queimada da Palhinha está agora acessível para todas as pessoas e instituições interessadas, o que representa um passo significativo na longa trajetória de valorização e fortalecimento desta tradição festiva. 

Ficha Técnica

Coordenação Geral:
Wayra Silveira – Historiadora

Auxiliar da Coordenação:
Grace Queiroz – Produtora Cultural

Plano de Gestão Documental:
Andréa De Britto – Museóloga e Cientista da Informação

Estagiário em Arquivologia e Web Designer:
FIlipe de Britto Marinho da Silva – Graduando em Arquivologia

Áudios, Vídeos, Fotos e Textos:
Acervo do Baile Pastoril Queimada da Palhinha

Desenvolvimento do Website:
Estúdio Moriah – Design Estratégico

Projeto Gráfico:
Elaine Quirelli

Assessoria de Imprensa:
Carlos Baumgarten e Maria Clara Lima

Agradecimentos: 
Participantes do Baile Pastoril Queimada da Palhinha
Fundação Terra Mirim 

Realização:

Foto: Águeda Mascarenhas. Pastorinha Laiane Ferreira, 2019.

Ação finalista do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do IPHAN

      

        

Grupo cultural certificado como Ponto de Memória pelo IBRAM

      

Apoio Financeiro: 

regua

© Todos os direitos reservados à Wayra Projetos Culturais e ao Baile Pastoril Queimada da Palhinha

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